O diabetes é uma pandemia. Ou seja, é uma epidemia que atinge
proporções planetárias.
Segundo o Atlas da IDF (International Diabetes Federation),
de 2017, estima-se que existam em todo o mundo nada menos do que 425 milhões de pessoas com diabetes. E
isso contando apenas os adultos – de 20 a 79 anos. Para 2045, a previsão é que
esse número chegue a 629 milhões. No ano passado, 4 milhões de pessoas do planeta morreram diretamente por causa do
diabetes, a metade delas com menos de 60 anos.
Mas o problema não para por aí. O número de adultos com
intolerância à glicose – e portanto com grandes chances de desenvolver diabetes
tipo 2 – supera 350 milhões.
No Brasil, ainda de acordo com o levantamento da IDF, existem
hoje cerca de 12,5 milhões de adultos (20 a 79 anos) com diabetes. Foram mais
de 100 mil mortes explicitamente ligadas ao diabetes, 41% delas com menos de 60
anos. Para 2045, a previsão é de que serão mais de 20 milhões de brasileiros
com diabetes. Provavelmente devido aos casos de intolerância à glicose hoje registrados:
mais de 14,5 milhões de adultos.
No entanto, esse número pode – e deve – ser ainda maior.
Levantamento realizado em 2011 pelo Ministério da Saúde mostra que o diabetes
atinge 11% da população brasileira, o que equivale a cerca de 21 milhões de
pessoas. Desses, quase 80% têm diabetes tipo 2.
Se esses dados já não fossem suficientemente alarmantes, tem
mais: no mundo inteiro – e o Brasil não é exceção –, metade das pessoas com
diabetes NÃO SABE que têm a doença. Isso é devastador. Porque são exatamente
essas milhões de pessoas que vão desenvolver complicações do diabetes. Mas não
apenas elas (e lá vem mais notícia ruim...). Estudos mostram que da metade das
pessoas que sabem que têm diabetes, apenas metade faz alguma coisa a respeito.
Ou seja, apenas 25% da população com diabetes segue algum tipo de tratamento.
O que, para piorar, nem sempre significa sucesso. Foi o que
comprovou o Estudo Epidemiológico sobre Controle do Diabetes, de 2007, que avaliou
6.700 pacientes de 8 Estados brasileiros: 73,2% das pessoas com DM2 no Brasil
têm controle inadequado (hemoglobina glicada acima de 7%).
Desculpe se pareço o arauto das más notícias. Mas pense
positivamente: se você sabe que tem DM2, considere-se um privilegiado. Sim, você
já sai com uma vantagem. E para que essa vantagem seja efetiva, assuma o
tratamento, assuma o controle do diabetes. Só assim poderemos mudar essa
história.
Veja mais em http://www.diabetesatlas.org
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