Eu aqui falando para o DM2 sair do armário e você sequer
sabe se tem diabetes. Ou qual o seu tipo. Mesmo que você tenha o diagnóstico fechado
pelo seu médico e já esteja tratando do seu diabetes, será que você sabe que
tipo de diabetes você tem?
Vamos lá: existem dois tipos principais de diabetes.
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Diabetes tipo 1: acontece quando o pâncreas para
de produzir insulina, o hormônio responsável por levar a glicose (açúcar) do
sangue para dentro das células, onde vai virar energia. Normalmente, o diabetes
tipo 1 acomete crianças, adolescentes e adultos jovens. Eu disse normalmente,
mas não exclusivamente. O tratamento
para o DM1 é insulina. Injeções diárias, múltiplas doses, necessariamente.
Porque a pessoa precisa repor o hormônio que o corpo deixou de produzir.
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Diabetes tipo 2: é uma doença multifatorial.
Acontece devido a uma série de “defeitos” que ocorrem simultaneamente em vários
órgãos e fazem a glicemia (o açúcar do sangue) subir. O DM2 acomete
principalmente pessoas com mais de 40 anos. Pode ser tratado com medicação oral
e/ou injetável e/ou insulina. Existem várias medicações, cada uma com a missão
de combater cada um desses defeitos.
O DM2 surge a partir de uma propensão genética. Se seus
pais, avós, irmãos têm diabetes tipo 2, suas chances de desenvolver a doença são
maiores. Além disso, o DM2 pode ter seu surgimento precipitado por hábitos
inadequados, como alimentação irregular, sedentarismo e obesidade,
especialmente aquela gordura acumulada ao redor da cintura. E aí está a origem
do preconceito, do estigma, do embaraço....
Existem ainda outros tipos de diabetes, como o gestacional,
o Mody, o Lada. Falaremos sobre eles em outras publicações.
Mas como saber se você tem mesmo diabetes? Voltando ao
começo: uma pessoa tem diabetes quando apresenta excesso de glicose no sangue. Essa glicose é obtida a partir da metabolização
dos alimentos e segue para o sangue, que distribui esse açúcar para todas as
células do organismo, para virar energia.
Esse transporte, esse movimento da glicose em direção às
células, é mediada pela insulina, produzida no pâncreas. É a insulina que tira
a glicose do sangue e coloca dentro da célula. Se a insulina está insuficiente
e/ou não funciona direito, surge o diabetes.
Para saber se uma pessoa tem diabetes ou não, os médicos
usam o que eles chamam de critérios de diagnóstico. E esses critérios se
baseiam na tal da glicemia, que nada mais é do que a taxa de açúcar no sangue. Quando
a pessoa passa dos níveis chamados normais, tem diabetes. Para diagnosticar o
diabetes, o médico usa a tabela abaixo, que são os critérios estabelecidos pela
Sociedade Brasileira de Diabetes.
Lembrando que:
Glicemia
de jejum: 8 horas
HbA1C:
hemoglobina glicada, exame que avalia qual
a média de glicemia dos três meses anteriores a partir do número de
hemoglobinas alteradas pela glicose. E o que é hemoglobina mesmo? É uma
proteína presente nas hemácias (as células vermelhas do sangue) responsável
pelo transporte de oxigênio.
IMPORTANTE: você mediu sua glicemia no almoço de domingo com
o glicosímetro da mãe da sua cunhada. E aí o número foi maior do que 200 mg/dl.
PÂNICO!!! O que fazer agora? Procure um médico! Dúvidas de diagnóstico são
resolvidas pelos médicos. Esses exames, quando alterados, devem ser repetidos
para que se feche um diagnóstico de diabetes. E – repito – o diagnóstico é
fechado apenas pelo médico.
É a partir deste diagnóstico que o médico vai definir qual o
tipo de conduta clínica a ser adotada. Se você vai precisar de medicamento, que
outros exames você vai precisar fazer, se vai fazer rastreamento para verificar
a existência de complicações já instaladas etc. etc.
O importante é: confirmado que você tem diabetes, NÃO SE
APAVORE. Isso não é, de jeito nenhum, o fim do mundo. Significa que você tem
uma condição crônica que você vai ter que manejar. Isso não significa que você
nunca mais vai poder comer nada que você gosta, não significa que você vai
ficar cego, que você vai perder uma perna. Sobre todos esses assuntos vamos
conversar aqui em outros posts.
Outra coisa: não se esconda. TOME UMA ATITUDE pelo diabetes.
O importante é ter consciência de que o DM2 precisa ser tratado e pode ser
controlado.
Gostaria de saber se a informação procede, a de que a diabetes tipo LADA é uma exceção do tipo 1 apenas. A mesma criança que não apresentou a diabetes na infância e o organismo levou esta diabetes para a fase adulta. Continua sendo tipo 1, mas que manifestou apenas na fase adulta, raras exceções.
ResponderExcluirVamos dizer que pode estar sendo cada vez mais comum encontrar este tipo de diabetes, de repente devido a própria evolução do organismo humano, outras comorbidades associadas ou tipo de alimentos consumidos durante a vida.
Antecipadamente agradeço o retorno.